sexta-feira, 19 de junho de 2015

Japão investiga casos de estrangeiros com visto de trabalho ilegal ou falso

Alto número de pessoas que obtém certificados de qualificações para trabalhar preocupa as autoridades

visto de trabalho ilegalOs setores de imigração no Japão vêm investigando cada vez mais a autenticidade dos documentos enviados por estrangeiros na hora de solicitar o visto de trabalho, que é concedido para não-descendentes que possuem qualificações profissionais.

No ano passado, o órgão conseguiu descobrir vários casos de estrangeiros com visto de trabalho qualificado atuando ou em fábricas ou com funções de arubaito em restaurantes e supermercados, informou o jornal Sankei nesta sexta-feira.

Um dos casos foi a prisão de um homem que estaria no Japão com qualificação para atuar como intérprete, no entanto, trabalhava servindo em um pub filipino.

Houve casos também que, apesar do estrangeiro ter a qualificação real para exercer determinada função, estaria trabalhando em algo diferente da proposta.

Em Osaka, a polícia prendeu o dono de uma franquia de restaurantes de comida chinesa por contratar seis chineses com a qualificação de intérprete e fazer com eles trabalhassem em outras funções.

Em 2011, a polícia de Kanagawa prendeu dois indianos que haviam obtido visto de trabalho com certificados falsos para atuar no Japão, um como ator e o outro como chef de cozinha. No entanto, os dois estariam trabalhando em uma fábrica.

Em 2010, quatro malásios que gerenciavam uma empresa de telecomunicações foram presos por fazer com que um cambojano, que entrou no Japão com certificação para atuar como engenheiro de tecnologia de informação, trabalhasse em um supermercado.

Visto de trabalho

No Japão, com exceção dos descendentes de japoneses, estrangeiros só conseguem obter visto de trabalho através de alguma qualificação profissional. Para atuar como intérprete, por exemplo, é preciso apresentar o certificado de conclusão do curso universitário e ter ao menos três anos de experiência no ramo.

Em outras profissões, a exigência pode ser maior ainda. Para atuar como chef de cozinha, por exemplo, a imigração exige que o indivíduo apresente a licença no ramo e comprove ao menos 10 anos de experiência de trabalho em restaurantes.

No entanto, de acordo com o próprio órgão, há casos em que o estrangeiro consegue obter documentos falsificados pagando para que as instituições emitam, o que formaliza a mentira e dificulta o trabalho da entidade em descobrir.

Para investigar a autenticidade, funcionários da imigração fazem ligações internacionais para instituições de educação e trabalho que aparecem nos certificados emitidos pelos estrangeiros. Quando a ligação não é completada, há grandes chances de os documentos serem falsos.

No entanto, é possível também que alguns estrangeiros utilizem certificações falsas com o telefone de amigos e conhecidos, que estão preparados para atender as ligações e mentir para os funcionários da imigração. Para o órgão fiscalizador, este caso é mais difícil de descobrir e é o que mais preocupa as autoridades.
Fonte: Alternativa

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